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Professor, Músico, Audiófilo, Cientista Político, Jornalista, Escritor de 1968.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Os Beatles são o máximo

Essa sempre será a banda número 1 para mim, em tudo: composição, arranjo, gravação, vocais, produção, importância no contexto, não dá, o poder dos Beatles é incontestável. A primeira coisa que ouvi de Rock que me chamou a atenção. Que me provocou um sentimento de estar nos anos 60, de compartilhar aquele clima, aquela loucura, aquilo que é o âmago da música, mais que em qualquer outra época da nossa história recente.


Não há explicação meramente racional para The Beatles. Só pode ser mágica. É um encantamento que começa na infância dos personagens, que enfrentam muita solidão e são profundamente idealistas. Me identifico direto porque a vida deles era a música, como a minha. Cada vez tem menos gente que acha que a música é tão importante assim. Sabe o Joe's Garage do Zappa, a clássica ópera Rock onde a música se torna ilegal? Pois é, me sinto meio assim hoje em dia.

Ganhei toda a coleção de uma vez quando completei 13 anos em 1981. Ali, naquela noite, ouvi o Rubber Soul, o Please Please Me e o Sargent Pepper's inteiros de uma só vez. Não dava pra acreditar que um grupo fosse capaz de fazer tudo aquilo, era bom demais. Aquela noite ficou na minha memória indelevelmente para sempre. Decidi ser músico e aprender violão e contrabaixo porque gostava do Paul McCartney. Mas me achava mais parecido com o John Lennon.


O melhor de todos pra mim é o Revolver. Ouvi pela primeira vez quando tinha uns 6 ou 7 anos. Taxman, Eleanor Rigby e I'm Only Sleeping de uma só vez é pra matar. Aí vem Love You Too que dá uma relaxada pro lado oriental. Depois vem a bela Here, There And Everywhere e já vem a bizarra Yellow Submarine, que inspirou o desenho homônimo. Finaliza com She Said, She Said que fala das experiências com substãncias psicodélicas, uma marca da geração dos 60.

O otimismo de Good Day Sunshine é a cara de Paul. And Your Bird Can Sing mostra toda a agressividade de John no vocal e o talento de George com a duplicação de uma guitarra. For No One tem um tom existencialista romântico e Doctor Robert fala do famoso dentista londrino. I Want To Tell You é uma canção tensa de George e Got To Get You Into My Life traz um belo arranjo de naipe de metais. Para finalizar uma das canções que mudou a cara do Pop em todos os tempos, com seus efeitos sonoros, utilizações de gravações diferentes tocadas simultaneamente como se fossem instrumentos, seus vocais distorcidos, guitarras invertidas e uma letra de um surrealismo tântrico, Tomorrow Never Knows.


Foi o único album que a banda, que pararia de fazer turnês para sempre, gravaria naquele ano, 1966. Mas no ano seguinte fizeram Penny Lane e Strawberry Fields Forever e em seguida sua obra prima, o Sgt. Pepper's. Ainda gravaram o Álbum Branco, O Let It Be e o Abbey Road, além de terem feito mais um filme, depois de A Hard Day's Night e Help!, o Magical Mystery Tour, Clássico do Psicodelismo-Ópera Rock- Surrealismo.


Influenciaram Deus e todo mundo, não dá pra medir o alcance de sua obra que é imbatível em termos de vendagem, e suas canções são gravadas e regravadas sempre, em variadíssimos estilos, por músicos de todas as culturas e todos os estilos, ao longo desses 40 anos desde que o grupo acabou.

O John partiu tão cedo, e de uma forma tão estúpida … assassinado na porta da própria casa por um fã com problemas de personalidade. Quem conhecia bem o John sabia que ele era um gênio, incapaz de ser superado naquilo que há de mais profundo na música pop, no rock e na poesia, na originalidade e autenticidade. Ele foi um exemplo pela luta política, pelo amor á música e à arte antes de tudo, mesmo a mais vanguardista da vanguardas. Ele era um eterno inconformista, sempre buscando a essência de tudo em suas canções, sempre perseguindo a verdade obstinadamente, a de todos , sua verdade interna.

Paul era menos idealista e mais romântico, voltado pro lado introspectivo melódico, um pouco erudito e intelectual sensível. Mais talentoso que John nas harmonias e climas, mas menos ácido. As composições desses dois juntos estão no topo do equilíbrio de tudo o que se tem notícia na música. São obras eternas.


Ringo o Borrachão que chupava os coisa ruim do corpo dos vivente. Sempre amigão de todos, sempre salvando a pele dos desesperados com seus múltiplos apartamentos. George o esquecido, relegado injustamente a segundo plano, nunca se recuperou de ser um side-show. Posso, respeitosamente especular que sua morte teve alguma relação com esse fato, pode ter sido secundarizado.

A vida é dura, no cotidiano da gente. Trabalha-se muito e ganha-se pouco, é um mundo injusto. Mas, ainda bem que eu tenho os Beatles pra ouvir quando eu chego em casa.


THE BEATLES são: John Lennon (Guitarra rítmica e vocal), Paul MacCartney (Contrabaixo e Vocal), George Harrison (Guitarra Solo e Vocal), Ringo Starr (Bateria e Vocal).

ORIGEM: Liverpool Inglaterra, década de 60.

COLEÇÃO: mais de 10 álbuns originais, coletâneas de sucessos e por estilos, diversas masterizações, milhares de álbuns piratas. Todos os tipos de paródias, homenagens e regravações possíveis e imagináveis.


4 comentários:

  1. Fala Lawrence.
    Parabéns pela iniciativa.
    Já estou linkando lá no SdN.
    Sucesso
    [ ]s

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  2. É isso aí, bro, resolvi sair da casca. Se eu quero ser escritor, tenho que escrever, é isso que um escritor faz, escreve. Esse já é o meu terceiro blog, agora sobre o que mais gosto na vida: música. Se não fossem vossos blogs eu jamais teria iniciado meu. Valeu a força de sempre. Abração.

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  3. Graaaaaaaaaande Lorenzo!
    Véi, faço coro contigo, porque, meio que parafraseando 'aquele' nosso outro ídolo (mais seu do que meu, na verdade..) 'I'm only in it...' por causa dos Beatles. Desde moleque ouvindo e vendo aquele discos, aprendendo inglês com os melhores professores (Lennon & McCartney) e, também com a ajuda deles, precipitando aos abismos todos os preconceitos e glorificando o ecletismo pregado e trazendo-o para o meu conceito mor de vida. Beatles é tudo: é o máximo, caro amigo!
    Pra botar uma tora de lenha numa velha fogueira, os Stones e stonemaníacos que me desculpem, mas se não fosse por esses 4 (+ George Martin!) e tudo o que fizeram, nem Stones nem trocentos zilhares de bandas que vieram depois teriam existido - e tenho dito!! rsrsrsrs
    Aquele abraço!
    ML

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  4. Pois é, Maddy, eles foram o começo, tem um texto lá no meu outro blog, cutuca-a-certeza, que se chama "Os Beatles e um Walkman" mostra mais especificamente "como" eu caí nessa rede e nunca mais me desenredei. Agora nas férias de verão eu li a biografia do Lennon pelo Philip Norman (recomendo), vou ler a dos Bitus pelo Bob Spitz (Ai, 1000 páginas, que meda)que já me disseram é excelente. Também quero ver se posto comentários de livros (o que aliás tu fazias no Pântano lá no começo)pois tenho lido bastante, principalmente biografias. Já leu essa nova do Ozzy que saiu? Aguarde. Abraços.

    PS: tenho ouvido vários piratas dos fab que tem cada coisa!

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