Quem sou eu

Minha foto
Professor, Músico, Audiófilo, Cientista Político, Jornalista, Escritor de 1968.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Crossed Fingers, belo sonho efêmero


Talvez eu não devesse contar essa história, que foi de intenso sofrimento pra mim, porque quando me apaixonei pelo Blues pela primeira vez e queria ter uma banda, essa banda foi a Crossed Fingers. Na verdade eu queria muito fazer parte da Anos Blues, mas esta já tinha baixista, o Xândi. Aí, quando o Julio saiu da Anos Blues ... acabei formando esse trio com ele e um baterista chamado Diego, cujo sobrenome nem me lembro. Ensaiávamos no quarto da casa desse baterista, fizemos um ou dois shows, gravamos uma música e um clip e ele nos deixou. Depois ficamos muito amigos do Ronaldo. Ensaiáçmos no porão dele, lá no morro da Embratel.
O repertório de Blues era Muddy Waters, Howlin Wolf, Elmore James, Stevie Ray Vaughan, Fleetwood Mac, John Mayall. Tínhamos um de Rock que pegava Deep Purple, Jimi Hendrix, Beatles (e ainda ensaiávamos um terceiro para shows bem comerciais com pop brasileiro).
Mas a formação clássica foi mesmo aquela com o Lorenzo Metz, baterista dos Cabeludos. Com ele tocamos no festival de Blues da Usina do Gasômetro e outros. Eu e o Júlio viajamos pelo interior tocando blues por um breve período. Em um desses eventos coletivos, eu e Lorenzo nos atrasamos ao sairmos, entre a passagem de som e o momento do show. Chegamos e fomos xingados pelo produtor do show. Nossa apresentação se reduziu a uma música. O batera entrou no andamento errado, eu cantei mal, Júlio ficou furioso (com razão) e terminou com tudo.
Tal fato me deixou muito aborrecido, pois além de amigo pessoal eu também achava o Júlio Cascaes um dos melhore guitarristas de blues que eu já ouvira. Ficou a saudade de um sonho bom, mas que foi efêmero.


13 comentários:

  1. Contar essa história que te fez sofrer talvez te faça entender que os "tropeços" precisam ser elaborados, e acho que isso tu já fizeste. Tantos outros sonhos...

    ResponderExcluir
  2. É verdade, durou tão pouco tempo, mas foi legal. Obrigado.

    ResponderExcluir
  3. Ora bolas!

    E qual sonho bom não é tão rápido como a luz que nos acorda todas as manhãs? Aquela que nos faz acreditar que fechando os olhos daremos continuidade a ele e chegaremos ao final que estávamos esperando.

    Maldito aquele que nunca sonhou. Triste daquele que não consegue sonhar acordado.

    ResponderExcluir
  4. Com certeza, eu sonho tudo todo o dia, de novo, e de novo. Sonho sempre, ad infinitum. Obrigado.

    ResponderExcluir
  5. Só agora pude aparecer com mais calma, véio, mas acompanho com carinho seu boteco.
    Eita, mas que és rodado no roquenrou, hein, Laurence! Vez em quando fico remexendo os álbuns de fotos com algumas das bandas em que toquei no Circo Voador, Metrópolis, Let It Be Bar, entre outros mais aqui da Cidade Maravilhosa, hehehe. E a memorabilia continua com cartazes, ingressos, camisetas promocionais já bem amareladas, etc. Ganhava pouco mas me divertia, apesar do lado perrengue de dormir em sofás de estúdio esperando aparecer trabalho e acabar colocando guitarras/violões/baixos em música evangélica, pagode, spots, jingle eleitoral, etc... Músico sofre. Mas amei cada segundo dos meus 18 anos como profissa.
    []ões

    ResponderExcluir
  6. Pois é, Edson. Ser profissional da arte no Brasil, onde a música é algo quase maldita, é morrer de fome. me sentia como algo assim entre o personagem do filme "O Violinista" e o do filme "Van Gogh". As pessoas não acham arte um negócio sério, acho que é diversão e que não faz parte do "estudo". cansei de sofrer. rendi-me ao sistema e hoje sou um professor que faz o que pode pela arte, mas já não tem a mesma garra de lutar por esses ideais. Anyway, abri o butecão aqui para tentar, sem pressa, contar minha experiência com a música em termos totais, isto é, não só as bandas que toquei, mas as que me influenciaram, minha experiência como repórter musical, oficinas de música para crianças, livros que li sobre o assunto, filmes, etc. Valeu o comentário. Quando eu tiver uma banda larga decente e conseguir voltar a baixar eu apareço lá na tua birosca, que, como sempre, me parece, anda movimentada e fervendo. Abraços!

    ResponderExcluir
  7. Fala careca, blz?
    Cara indiquei seu blog para o selo Blog de Ouro, da uma passada lá no Woodstock para maiores informações, ok?

    Abração Lawrence!

    Obs: Bricadeira esse lance de careca, ta ligado? kkkkkkkk

    ResponderExcluir
  8. Valeu, cabeludo. Muito bacana. Eu estou meio parado nas postagens aqui porque é fim de trimestre, entrega de avaliações, ai que saco. Mas vou retomar nesse finde!
    Abrações e vou lá ver.

    ResponderExcluir
  9. Oí Lawrence, o selo esta postado no Woodstock é só copiar e colar no seu blog, o que deve ser feito esta logo abaixo, ok?

    Abraço amigo!

    ResponderExcluir
  10. FOTO:
    Festival Usina Blues - 1993 - seis meses de festival - 12 bandas do RGS.
    Produção executiva: Paola oliveira

    ResponderExcluir
  11. Grande Lawrence! Parabéns pelo blog Música é o Máximo, achei muito bom! Curti muito ler e relembrar as histórias das bandas. Apesar de tudo a gente se divertiu bastante. Continua escrevendo aí que a gente segue acompanhando! Abração!

    ResponderExcluir
  12. Valeu, cumpadi. Ainda vamos ter a grande e famosa dupla, "Lorenzo & Lawrence", fúria total, hein? Abraços.

    ResponderExcluir
  13. 'The Matrix': The Matrix, the music of virtual reality
    Virtual reality 'the Matrix': youtube mp4 The Matrix, the music of virtual reality The Matrix: The Matrix, the music of virtual reality - Cinema.cc.

    ResponderExcluir